Folha de S. Paulo


Empresário deve se planejar para aproveitar festas de cada religião

Festividades religiosas, como o dia de Nossa Senhora de Aparecida, em 12 de outubro, ou o Círio de Nazaré --que deve levar aproximadamente 2 milhões de pessoas até Belém para uma peregrinação no dia 13-- são importantes tanto para a fé como para as empresas.

De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, esses eventos movimentam toda a economia da região afetada, incluindo negócios sem relação com a fé.

Empresa que atua em setor religioso deve fugir de clichê

"Todas as religiões têm momentos importantes. Eles funcionam para a mobilização da fé e também são um grande negócio", diz.

A empresa Maná, de Niterói (RJ), foi uma das que se beneficiaram neste ano com um desses eventos, a Jornada Mundial da Juventude, que contou com a visita do papa Francisco ao Brasil.

Editoria de Arte/Folhapress

A proprietária da loja, Ana Cláudia Siqueira Fiore, 43, conta que vende seus produtos para fiéis e igrejas da região. Durante o mês de julho, sua venda de hóstias, por exemplo, passou de uma média mensal de 185 mil para cerca de 540 mil.

Segundo Fiore, o segredo para conseguir aproveitar a oportunidade foi o preparo antecipado. "Nós tínhamos nos programado. Fizemos uma compra maior com bastante antecedência e já conversávamos com os fornecedores desde o início do ano."

O aumento da procura em algumas épocas do ano também é sentida por Alessandro Teixeira, 37, que produz esculturas de orixás em metal.

"A partir de agosto, a demanda cresce. Primeiro porque aumenta o turismo em Salvador e depois porque é a época do ano em que acontecem a maioria das festas do candomblé."


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