Móveis e produtos para casa apareceram no ranking de mais buscados em lojas de comércio on-line pela primeira vez neste ano.
A Navegg, que monitora sites de varejo na web, aponta que hoje, é a terceira categoria mais pesquisada, à frente de setores mais tradicionais, como eletrônicos.
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"É mesmo uma tendência recente", diz Adriano Brandão, diretor comercial da empresa de pesquisas.
Antony Martins, 37, diretor-executivo da Westwing, que vende móveis pela web, conta que a empresa nasceu justamente porque eles notaram que não havia muitos ofertantes nesse mercado.
"Nós íamos falar com fornecedores de móveis e eles nos diziam: 'Ninguém vai comprar sofá e cama pela internet'", conta.
O receio existia porque, nas lojas, o consumidor costuma sentir a textura dos móveis ou mesmo sentar neles.
Outra categoria que subiu muito foi a de moda e beleza. Esses produtos,"eram um tabu, pois no começo do e-commerce houve tentativas frustradas e as pessoas achavam impossível comprar on-line", diz Brandão.
Hoje, as lojas ajudam os clientes a comprarem pela web. A página Vestidoteca, por exemplo, está preparando "um vídeo para a pessoa seguir passo a passo como deve se medir", conta a gerente de marketing Maria Elisa Ganima, 29.
Se mesmo assim não der certo, elas aceitam retornar o dinheiro do consumidor.
Outra empresa que levanta dados sobre o comércio pela web, a E-bit, aponta que o setor de moda e acessórios é, hoje, aquele no qual há mais compras.
As empresas monitoram dados diferentes: a Navegg verifica quais produtos os internautas pesquisam e a E-bit verifica as compras de fato efetuadas.