Folha de S. Paulo


Pequenos empresários brasileiros atraem atenção internacional

Lourenço Bustani, 33, foi eleito no ano passado uma das 50 pessoas mais criativas no mundo dos negócios pela revista "Fast Company", especializada em inovação e queridinha dos executivos americanos.

Ele é fundador da Mandalah, uma consultoria que junta pessoas de diferentes origens e formações para criar projetos de inovação social para companhias.

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Eduardo Kanpp/Folhapress
Lourenço Bustani foi escolhido como um dos empreendedores 50 mais inovadores do mundo pela revista Fast Company
Lourenço Bustani foi escolhido como um dos empreendedores 50 mais inovadores do mundo pela revista Fast Company

Neste ano, a empresa identificou uma série de oportunidades para a Nike, como o patrocínio de campeonatos de futebol em regiões periféricas do Rio de Janeiro, como forma de posicionar a imagem da fabricante para a Copa do Mundo.

"Nossa trajetória até agora não foi fácil, e ainda não é. Reconhecimentos como esses são coisas bem-vindas, mas é apenas um ranking", diz Bustani, que fundou a consultoria há seis anos. A empresa tem escritórios nos EUA, no México, na Alemanha e no Japão.

Donos de pequenas empresas brasileiras, em geral desconhecidos do grande público, têm atraído a atenção internacional.

Eles apareceram em rankings de empresas mais inovadoras ou promissoras ou foram destacados em listas elaboradas em eventos promovidos pela ONU, Fórum Econômico Mundial ou entidades importantes no mundo da tecnologia.

Hoje, o Dia do Empreendedor, a Folha selecionou oito histórias de empresários que têm recebido essa atenção.

As áreas de atuação vão do agronegócio a educação, passando pela inclusão social e a mobilidade urbana.

Esse destaque pode acelerar o crescimento do negócio. Foi o caso da Queremos, empresa do Rio de Janeiro que apresentou-se em um dos eventos mais importantes para esse mercado, o TechCrunch Disrupt, no fim do ano passado.

A participação gerou um investimento de US$ 1 milhão e a ajudou a colocar um pé no mercado americano -hoje, eles têm escritório em Nova York.

Para que suas inovações sejam vistas, empreendedores devem ter como prioridade, junto com a operação de seu negócio, a interação com os participantes desse mercado (como aceleradoras de negócios e investidores). A opinião é de Karen Kanaan, diretora da Endeavor, organização sem fins lucrativos que apoia o empreendedorismo.

Kanaan sugere que eles participem o máximo que puderem de concursos de ideias e modelos de negócios.

Empresas que são reconhecidas nessas competições tendem a ter mais facilidade para obter investimentos e atrair parceiros, diz.

Bruno Rondani, coordenador nacional do Desafio Brasil, um dos concursos para empresas iniciantes mais conhecidos do país, realizado pela Fundação Getulio Vargas, diz que a premiação nesses eventos indica que a companhia tem potencial e deverá atrair mais atenção no futuro. Mas isso não é uma garantia de sucesso, afirma.


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