A retomada gradual dos índices de confiança do consumidor ajudou o varejo a alcançar o segundo melhor mês do ano em setembro após dois meses seguidos de baixo crescimento.
Segundo indicador da Serasa Experian, a atividade do comércio teve alta de 0,9% em relação a agosto. Na comparação com setembro do ano passado, o avanço foi de 2,3%.
Inflação elevada, endividamento das famílias e os baixos níveis de confiança pesam sobre o desempenho do varejo em 2013, um dos setores de maior contribuição para o avanço da economia nos últimos anos.
Depois de atingir níveis mínimos durante os meses de junho e julho, sob a influência das manifestações, os índices de confiança iniciaram uma trajetória de retomada trançando cenário menos sombrio ao setor.
Em setembro, o índice medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) atingiu o maior patamar desde fevereiro, embora ainda abaixo da média histórica.
Ainda assim, a perspectiva é de um Natal mais tímido --deve ser o pior em sete anos--, que levará a um ano de baixo crescimento para o varejo.
Segundo levantamento do Provar (Programa de Administração do Varejo), da USP, 46,8% dos paulistanos devem comprar ao menos um bem durável entre outubro e dezembro, ante 56% no ano passado.
ACUMULADO
Apesar da melhora em setembro, a atividade nas lojas acumula um crescimento de 5,3% no ano, bem abaixo do nível registrado no mesmo período do 2012 (9,1%), quando o comércio teve o pior resultado em três anos.
Os segmentos de combustíveis e lubrificantes (6,4%) e o de supermercados, alimentos e bebidas (5,8%) deram a maior contribuição positiva para a atividade nas lojas neste ano.