Com a queda da inflação, na última década, o uso do cheque diminuiu e esse meio de pagamento deixou de ser usado para quitar dívidas à vista e migrou para um instrumento de crédito para a população, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), em entrevista em vídeo ao "Folhainvest".
Agora, o consumidor recorre ao cheque quando quer parcelar uma compra sem comprometer o limite do cartão de crédito, afirma. "Nos últimos anos ele tem diminuído também em função da expansão dos outros meios de pagamento, tanto o cartão de crédito como, mais recentemente, o cartão de débito. Então há um efeito substituição, mas o cheque ainda continua cumprindo uma função", diz.
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Apesar da queda no uso, aumentou o valor médio dos cheques emitidos. "Caiu muito o uso do cheque para quantias menores, mas ele continua sendo utilizado para valores mais altos. Muitas vezes o limite do cartão de crédito não comporta, então se utiliza o cheque para certo tipos de pagamento, como pagamento do imóvel, prestação da casa, pagamento de um serviço como pedreiro, encanador", diz.
Os meios de pagamento continuam no foco do "Folhainvest" no restante da semana. Na quarta-feira (02), Solimeo fala das vantagens e desvantagens de utilizar cheque, dinheiro, cartão de crédito e cartão de débito. Na sexta-feira (04), o economista analisa o pagamento com celular, que deve começar a ser implementado em grande escala em 2014 no Brasil.
Confira a primeira parte da entrevista no vídeo abaixo:
