Folha de S. Paulo


Ao menos 11 empresas devem participar de leilão de Libra, diz ANP

A diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard, disse nesta quinta-feira que ao menos 11 empresas demonstraram interesse até agora em participar do primeiro leilão do pré-sal, marcado para outubro.

O prazo para entregar os documentos e pagar a taxa de participação, de R$ 2 milhões, venceu ontem.

A executiva não detalhou nem o perfil nem o nome das companhias, que, pelas regras vigentes, terão obrigatoriamente de se associar à Petrobras --que terá uma participação mínima de 30% no consórcio vencedor dos direitos de exploração no campo gigante de Libra, na bacia de Santos.

Magda disse que a ANP ainda contabiliza o total de empresas inscritas para a rodada do pré-sal, a primeira sob o regime de partilha de produção. Por esse modelo inédito no país, os vendedores da oferta terão de repartir com a União o óleo produzido no campo.

Editoria de Arte/Folhapress

Segundo ela, um balanço final do número de empresas deve ser apresentado até o fim do dia. "São muitos documentos a serem analisados."

Reportagem da Folha mostrou que três petroleiras estatais chinesas se inscreveram para participar da disputa pela área do pré-sal.

Segundo uma fonte próxima ao processo, a necessidade de investimentos elevados afastou as empresas brasileiras da disputa, com exceção da Petrobras.

Além das chinesas Sinopec, Sinochem e CNPC, a expectativa é que a estatal norueguesa Statoil e a francesa Total também participem do leilão.

O consórcio que vencer a disputa terá que fazer um pagamento imediato de R$ 15 bilhões e firmar o compromisso de investimento mínimo de R$ 610 milhões nos primeiros quatro anos.

A previsão é que Libra esteja produzindo 1 milhão de barris por dia em 2020, metade do que a Petrobras levou 60 anos para obter.

O prazo do contrato é de 35 anos não renováveis, e o investimento previsto, US$ 200 bilhões.


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