Folha de S. Paulo


Grupo EIG será controlador da LLX, de Eike Batista

A LLX, empresa de logística do empresário Eike Batista, e o grupo EIG assinaram contrato para fazerem investimento de R$ 1,3 bilhão na companhia, por meio de um aumento de capital.

Ao final do processo, o EIG passará a ser o controlador da LLX, que é responsável pela construção do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ).

A operação, formalizada na manhã desta segunda-feira, ainda está sujeita a aprovações regulatórias e societárias.

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O acordo será anunciado 30 dias depois do termo de compromisso assinado pelas duas empresas, período em que foi feita uma "due diligence" [processo de análise dos dados da companhia] na LLX.

A EIG é um veículo de investimento da EIG Management Company, LLC. Integra o grupo EIG, de energia global, que anuncia já ter investido mais de US$ 15 bilhões no setor através de 280 projetos ou companhias em 33 países.

A operação é mais uma entre várias soluções que Eike vem anunciando para salvar o grupo EBX, cujas empresas negociadas na Bovespa entraram em crise de credibilidade depois de não entregarem os projetos prometidos pelo empresário, com destaque para a petroleira OGX.

A EIG se comprometeu a comprar as ações da LLX ao preço de R$ 1,20. Os minoritários poderão exercer o direito de preferência pelo mesmo preço. O que não for adquirido pelo mercado também será subscrito pela EIG, até o limite de R$ 1,3 bilhão.

As ações da empresa operavam em alta de 2,38% nesta segunda-feira (16) na Bovespa, por volta das 11h, cotadas a R$ 1,72.

Pelo acordo, Eike também venderá à EIG 30% da LLX Açu, que junto com a LLX Minas Rio, que constrói um terminal de minério de ferro, formam a LLX. Após a operação, a LLX Açu passará a ser uma subsidiária integral da LLX.

"Acreditamos que o Porto do Açu não irá mudar apenas a logística brasileira, mas que terá um impacto global, atraindo investimentos internacionais e facilitando o desenvolvimento das indústrias nacionais", disse o presidente do grupo EIG, R. Blair Thomas.

Após a operação de aumento de capital, Eike continuará com cerca de 20% da LLX. Ele também manterá o direito de indicar um membro do Conselho de Administração da LLX.


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