Folha de S. Paulo


Detroit vive abandono em meio a pedido de concordata; assista

Na luta para sair da concordata, a prefeitura da cidade americana de Detroit, que já foi o símbolo do poder industrial americano, estuda acabar com o plano de saúde e reduzir as pensões de 23 mil servidores aposentados.

É o ponto mais polêmico da restruturação de uma dívida de cerca de US$ 20 bilhões. Mais difícil é reconverter a cidade que já abrigou 1,8 milhão de habitantes e que hoje tem 700 mil habitantes.

São 100 mil terrenos vazios, boa parte após a demolição das antigas estruturas.

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No ano passado, a prefeitura leiloou 12 mil terrenos, com valor mínimo de US$ 500 (R$ 1.150) cada. Mais da metade não teve interessados.

Esses 100 mil terrenos não incluem igrejas, teatros, cinemas e fábricas abandonados, como a gigantesca sede da Studebacker-Packard que fazia carros de luxo. Inaugurada em 1911, está fechada desde 1958. Tem 325 mil m², quase 15 vezes o tamanho da paulistana Estação da Luz.

Houve cerca de 100 mil despejos com a crise hipotecária de 2008. Só na última década, 250 mil pessoas deixaram a cidade. A arrecadação de impostos municipais, de US$ 1 bi em 2012, tem caído 10% ao ano desde 2008.

Das 349 mil casas de Detroit, 80 mil se encontram abandonadas --33 mil em risco de desabamento.

Várias delas acabam se tornando ponto de tráfico e consumo de drogas, e até cadáveres são jogados ali (o índice de homicídios na cidade é cinco vezes o de São Paulo).

Dos 350 parques e praças da cidade, apenas 107 estão abertos, mas 51 devem ser fechados nos próximos meses; 40% da iluminação pública está desativada.

O Corpo de Bombeiros tem fechado alguns quartéis e vendido propriedades para se autofinanciar.

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