Os gastos de brasileiros com viagens ao exterior aumentaram quase 15% em junho, ante o mesmo mês do ano anterior, informou o Banco Central nesta terça-feira (23).
Turistas brasileiros gastaram US$ 1,928 bilhão fora do país em junho, o que é recorde, segundo o BC.
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No acumulado do primeiro semestre, a soma também é inédita: US$ 12,328 bilhões.
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Na segunda-feira (22), o dólar à vista fechou com leve baixa de 0,11%, a R$ 2,229, e o comercial encerrou a sessão com queda de 0,26%, para R$ 2,234.
Entretanto, a disparada do dólar em junho pode ter levado a um comportamento mais comedido do brasileiro com gastos em dólares.
Entre maio e junho, as despesas no exterior recuaram 14%, o dobro da queda registrada na virada dos dois meses em 2012.
O saldo negativo nas transações correntes do Brasil com o exterior somou US$ 4 bilhões em junho. No primeiro semestre, o deficit soma US$ 43,5 bilhões, valor recorde para o período.
O dólar operava em baixa por volta das 12h desta terça-feira (23). No mercado à vista -- referência no mercado financeiro --, a moeda americana cai 0,25%, a R$ 2,223. O dólar comercial --usado no comércio exterior-- também tem queda, de 0,40%, a R$ 2,225.
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO
O Brasil recebeu em junho US$ 7,17 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED), já descontadas repatriações de capital aos países de origem. No semestre, o IED soma US$ 30,027 bilhões.
Em junho, os ingressos líquidos somaram US$ 3,88 bilhões e nos seis primeiros meses de 2012 somaram US$ 29,73 bilhões. O BC previa IED de US$ 5,5 bilhões para o mês de junho e trabalha com US$ 65 bilhões para todo o ano de 2013.
Em 12 meses terminados em junho, o fluxo líquido de IED chega a US$ 65,569 bilhões, o equivalente a 2,87% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo BC.
COPA DAS CONFEDERAÇÕES
Apesar da realização da Copa das Confederações no Brasil em junho, o gasto de turistas estrangeiros aqui ficou em apenas US$ 462 milhões, valor inferior ao registrado no mesmo período de 2012 (US$ 471 milhões).
No acumulado do ano, pessoas vindas de outros países gastaram US$ 3,479 bilhões, volume recorde, mas que representa uma alta de 0,25% ante o primeiro semestre do ano passado.