O BNDES aceitou renegociar com o empresário Eike Batista parte das dívidas de suas empresas com o banco estatal de fomento. Uma parcela de R$ 400 milhões referentes a um empréstimo que irá vencer em 15 de agosto será possivelmente prorrogada.
O grupo EBX já solicitou mais prazo para a quitação do débito, mas o assunto ainda está sob análise do banco. A questão precisa do aval da diretoria colegiada do BNDES, que não analisou ainda o caso.
Para o BNDES, apurou a Folha, o grupo de Eike não está inadimplente, já que buscou repactuar suas dívidas. Não houve uma decisão unilateral de não pagamento.
Ao todo, as empresas de Eike fecharam contratos de financiamento com o BNDES no valor de R$ 10,4 bilhões.
Nem todo esse montante, porém, se converteu em dívida. Isso porque parte já foi paga e muito do que foi contrato não foi liberado ainda --os desembolsos ocorrem de acordo com a evolução dos projetos e muitos deles estão em compasso de espera ou mesmo paralisados.
Segundo a OSX, a "rotina da gestão financeira da companhia inclui o equacionamento de dívidas de curto prazo, cujo cronograma de vencimentos vem sendo quitado ou reescalonado", numa negociação que envolve o BNDES e outros bancos.