Folha de S. Paulo


Investimentos no campo de Libra serão de no mínimo US$ 200 bilhões

Os investimentos para desenvolver o campo de Libra, que vai a leilão sob o modelo de partilha no dia 21 de outubro, se situam entre US$ 200 bilhões e US$ 300 bilhões, para uma produção que, em uma visão mais conservadora, será de um milhão de barris por dia no seu auge.

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Levando em conta a cotação do barril de petróleo a US$ 100, o consórcio vencedor teria uma receita diária de US$ 100 milhões com essa produção, considerada conservadora pela própria ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Com a previsão de entre 12 e 18 plataformas para o sistema de Libra, se cada plataforma produzir 100 mil barris por dia, pro exemplo, no mínimo essa produção seria de 1,2 milhão de barris diários.

O tempo de contrato com o governo será de 35 anos não prorrogáveis, dos quais quatro serão para exploração e mais um para iniciar a produção, o que deverá ocorrer apenas a partir de 2019.

A conta, feita por uma fonte ligada ao assunto, leva em consideração os cálculos da ANP (Agência Nacional do Petróleo) para a perfuração dos dois poços obrigatórios na fase de exploração, ao custo de US$ 100 milhões cada, além de estudos em terceira dimensão; a contratação, na fase de desenvolvimento, de entre 12 a 18 plataformas, com custo de US$ 1 bilhão a US$ 1,5 bilhão cada; além da contratação ou construção de 60 a 90 barcos de apoio à produção e um complexo sistema "subsea" (no fundo do mar).

De acordo com a diretora-geral da autarquia, Magda Chambriard, que admitiu ter também os seus cálculos, mas que não seriam divulgados para "não contaminar os projetos dos concorrentes".

"Fizemos todas as contas, mas não quero conduzir os projetos das empresas", afirmou.

O consórcio para o leilão de Libra será formado no máximo por sete empresas, incluindo a Petrobras e a PPSA (Pré-sal Petróleo S.A.). Anteriormente, o governo havia pensado em permitir a participação de pelo menos mais sete empresas além das duas estatais, com fatia mínima de 10% para cada uma, mas voltou atrás para evitar um grande número de empresas participantes.


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