Folha de S. Paulo


Taxa de desemprego dos EUA fica inalterada em junho, em 7,6%

Ainda sem apresentar sinais de melhora no mercado de trabalho americano, a taxa de desemprego permaneceu inalterada em junho, em 7,6%, segundo relatório divulgado na manhã de hoje (5) pelo Departamento de Trabalho.

Foram adicionadas 195 mil vagas no mês e o número de pessoas em busca de trabalho ficou em 11,8 milhões, indicador que registrou pouca mudança desde fevereiro.

Economistas consultados pela agência Reuters esperavam que fossem adicionados 165 mil postos de trabalho e que a taxa de desemprego caísse um ponto percentual, para 7,5%.

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Entre os setores que se destacaram estão saúde, hotelaria, serviços e varejo. Em junho, a taxa de desemprego feminina (6,8%) quase alcançou a masculina (7%), que permaneceu estável, assim como o grupo de jovens, que atinge 24%.

O volume de desempregados de longo prazo, que procuram uma colocação há mais de 27 semanas, continua em 4,3 milhões de pessoas.

O dado, que deve repercutir sobre as Bolsas hoje, foi considerado positivo pelo Banco Fator. "O mercado de trabalho nos EUA em junho foi muito bem, segundo as pesquisas do Departamento do Trabalho", informa a instituição em relatório.

FED

O relatório de emprego dos EUA foi divulgado duas semanas após o presidente do Fed (Federal Reserve), banco central americano, Ben Bernanke, ter feito uma avaliação positiva da economia do país e afirmado que a instituição monetária pretende reduzir seu programa de estímulo monetário mais tarde neste ano.

A média da criação de postos de trabalho nos últimos três meses foi de 196.333 vagas ao mês, patamar próximo ao de 200.000 postos de trabalho mensais almejado pelo Fed.

A situação do mercado de trabalho é um dos termômetros usados pelo BC americano para avaliar a economia do país, por isso influencia a decisão da autoridade monetária sobre quando encerrar seu programa de compra de títulos.

Com Reuters


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