Folha de S. Paulo


Agência de classificação de risco Moody's também rebaixa nota da OGX, de Eike

A agência de classificação de risco Moody's anunciou no final da terça-feira (2) que reduziu o rating da petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, de "B2" para "CAA2" com perspectiva negativa, numa decisão semelhante à tomada pela Standard & Poor's na véspera.

"O rebaixamento do rating da OGX é motivado pela fraca resposta de produção de petróleo e dos fluxos de caixa, comprometendo negativamente a cobertura de notas sênior sem garantias da empresa", afirmou Gretchen French, vice-presidente da Moody's, em comunicado.

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A nova nota da OGX é o quarto pior rating da Moody's em uma escala com 21 classificações.

Sustentando que a nova classificação reflete a alta alavancagem financeira em relação à produção da empresa e seus fluxos de caixa, a Moody's acrescentou que a OGX deverá enfrentar um cenário de liquidez apertada nos próximos 12 a 18 meses, com a expectativa de busca de alternativas adicionais para o cumprimento de obrigações operacionais e financeiras.

O rating "CAA2" pode ser novamente rebaixado caso a petrolífera não consiga construir um colchão de liquidez mais forte, disse a Moody's, com "visibilidade mínima de pelo menos US$ 100 milhões".

A revisão para baixo ocorre após a OGX ter anunciado na segunda-feira a inviabilidade comercial de quatro campos de petróleo, incluindo Tubarão Azul, onde a empresa mantém seus únicos poços em produção ativa.

Na terça-feira, a Standard & Poor's também cortou o rating de crédito da OGX de "B-" para "CCC", num nível próximo ao de empresas em situação de default (calote). Na mesma data, a Fitch informou que o abandono do campo de Tubarão Azul anunciado pela empresa passará a ter viés negativo, ante neutro, sobre a qualidade de crédito da empresa.


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