O Itaú BBA, banco de investimentos do Itaú Unibanco, informou nesta segunda-feira (1º) que captou US$ 1,5 bilhão junto a um grupo de bancos, em uma operação liderada pelo Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, Mizuho e Standard Chartered.
Ao todo 35 instituições financeiras participaram, incluindo bancos da Índia, Taiwan, Filipinas, Cingapura, China e Oriente Médio. O financiamento tem prazos de três e quatro anos.
"Foi a maior operação de empréstimo já feita para um banco da América Latina", disse por meio de nota o diretor de ALM e Funding do Itaú BBA, Marcelo Rosenhek.
Ele destacou que o momento é de alta volatilidade do mercado, e o porte da transação é fruto da reputação do banco no mercado internacional.
A operação do Itaú BBA ocorre em um momento pouco propício a captações em títulos e ações no Brasil, em que nomes como Votorantim Cimentos, Azul e Odebrecht estão engavetando seus programas.
Para o cenário adverso, colaboram a inflação alta, o fraco crescimento do PIB e o dólar valorizado no Brasil, assim como as incertezas sobre o futuro da política monetária americana.
No caso das ofertas de ações, o caso mais emblemático foi o anúncio de que a Votorantim Cimentos decidiu suspender sua oferta estimada em R$ 10,3 bilhões porque não queria vender papéis abaixo do piso da faixa sugerida de R$ 16 a R$ 19.