Folha de S. Paulo


Na onda de protestos contra tarifa, centrais sindicais marcam manifestações

As centrais sindicais devem fazer em julho manifestação em conjunto em todo o país para marcar as reivindicações dos trabalhadores e uma marcha nacional em agosto em Brasília, a exemplo da que ocorreu em março, com 50 mil trabalhadores.

Uma reunião hoje em São Paulo deve detalhar a data dos protestos e das paralisações que podem ocorrer em todos os Estados e um ponto da pauta que não é consenso entre os sindicalistas: a política econômica do governo.

CUT, Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores) e Nova Central Sindical entregaram no início do ano, ao governo Dilma, pedido para negociar o que chamaram de "agenda dos trabalhadores". Entre os temas estão o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas e a política de valorização dos aposentados.

"Não vamos fazer manifestação para blindar o governo Dilma. A ideia é ter o combate à inflação também nessa manifestação", diz o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. "A população foi para as ruas não só por causa do valor dos R$ 0,20. Mas pelo que eles representam, a perda do poder de compra causada pela inflação."

Ontem, o sindicalista já se reuniu com lideranças de movimentos sociais, como dirigentes do MST, para discutir pontos de consenso nesse protesto nacional.

Vagner Freitas, presidente da CUT, afirma que é preciso "absorver o momento de mobilização social, presente nas ruas, para agora colocar em pauta os interesses dos trabalhadores".

Além dos temas trabalhistas, diz, a proposta é que esse movimento unificado das centrais também inclua temas como mais investimentos em educação, saúde, transporte, educação e reformas política e tributária.

"Uma proposta é aguardar a reunião de quarta (dia 26) com a presidente para detalharmos a pauta", diz.

A CSP-Conlutas (ligada ao PSTU) e a CGTB também foram convidadas a participar da reunião de hoje.


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