Folha de S. Paulo


Vice-presidente do BC dos EUA pode ser a primeira mulher a liderar a instituição

Sob os discretos sinais do presidente americano Barack Obama de que está pronto para a saída de seu "notável parceiro" Ben Bernanke da presidência do Fed (Federal Reserve, o banco central do país) em janeiro, os nomes de possíveis substitutos para o cargo voltam às mesas do mercado financeiro.

A pessoa encarregada de decidir sobre a tão especulada redução do programa de compra de títulos da autoridade monetária para estimular a economia pode ser a vice-presidente da instituição, Janet Yellen.

Entre os favoritos, a economista rigorosa, que se adiantou nos alertas ao risco de bolha imobiliária, defende enfaticamente as políticas adotadas pelo BC.

Yellen ajudou o Fed a implantar medidas de estímulo condicionadas à queda da taxa de desemprego para 6,5%. Mas é seu foco no tema, em detrimento da inflação, que desagrada a críticos.

Se o próximo chefe do Fed não for a primeira mulher na liderança do banco, outra opção é Larry Summers.

Summers, por outro lado, é lembrado por ter perdido a vaga na reitoria de Harvard, em 2006, após sugerir que o baixo número de mulheres em certos ramos da ciência poderia dever-se a diferenças naturais entre os sexos.

Alex Wong/Getty Images/France Presse
Timothy Geithner, ex-secretário do Tesouro dos EUA e um dos candidatos à presidência do Fed
Timothy Geithner, ex-secretário do Tesouro dos EUA e um dos candidatos à presidência do Fed

Ele também é reconhecido por ter implementado --como secretário-assistente e, depois, como secretário do Tesouro no governo de Bill Clinton-- políticas de privatização e desregulamentação em muitas áreas, entre as quais a financeira.

Timothy Geithner --que também carrega experiência como secretário do Tesouro-- tem, assim como Summers, elos mais fortes com a Casa Branca.

A vasta lista inclui ainda nomes como Stanely Fischer, ex-FMI, Roger Ferguson e Donald Kohn, ex-vices do Fed, entre outros.

Enquanto ainda pairam duvidas sobre a saída de Bernanke da presidência do Fed, a respeito de seu futuro, ele disse recentemente a graduandos da Universidade de Princeton que considerou voltar à academia.

Mas, segundo ele, a universidade respondeu que "infelizmente, Princeton recebe muito mais aplicações qualificadas para posições na faculdade do que podemos acomodar."


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