Folha de S. Paulo


Novo marco da mineração respeitará contratos atuais, diz ministro

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse que o novo marco da mineração que será encaminhado ainda nesta terça-feira (18) ao Congresso Nacional como projeto de lei apresenta "respeito intransigente aos contratos" atuais e traz regras mais claras para os agentes envolvidos na atividade de mineração.

A insegurança jurídica era um temor dos empresários do setor, que temiam que mudanças nas regras pudessem subtrair direitos dos investidores que possuem jazidas em fase de estudo ou exploração.

Novo marco de mineração eleva alíquota de royalty de minério e ouro

De acordo com Lobão, o marco foi "profunda e criteriosamente estudado pela equipe do governo" e "atende a uma exigência do setor, já que a legislação vigente não atendia as demandas atuais, após tantas mudanças, inclusive tecnológicas, verificadas nos últimos anos".

NOVIDADES

O governo decide com o novo marco que todas as áreas disponíveis para exploração serão oferecidas pelo governo por meio de processo de licitação. A intenção é de que se promova maior concorrência entre agentes.

O título concedido será também único: para pesquisa e lavra. Ele terá prazo de 40 anos e será renovável por mais 20 anos, podendo ser prorrogáveis sucessivamente.

O ganhador da licença também será obrigado a realizar investimentos mínimos na área concedida.

Além disso, a nova regra determina recolhimento de até 4% sobre a receita bruta das empresas, que será feito priorizando os municípios produtores.

Desta forma, 65% do total seguirá para municípios onde ocorrer a lavra, 23% para o Distrito Federal ou Estados em que foi feita exploração e 11% será remetido à União, como forma de "aluguel federal".

Também será criada agência reguladora e um conselho de política mineral, a exemplo do que ocorre com a área energética.

Editoria de Arte/Folhapress

Endereço da página:

Links no texto: