Folha de S. Paulo


Alta do rendimento do setor industrial perde ritmo em 2013, diz IBGE

O crescimento do valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, indicador do rendimento do setor, tem perdido ritmo em 2013, apontou pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta quarta-feira (12).

No índice acumulado no primeiro quadrimestre, a folha de pagamento avançou 2%, num ritmo menos intenso, porém, que o registrado no último quadrimestre de 2012 (6,1%). Um dos motivos dessa perda de fôlego pode ser a corrosão dos salários pela inflação.

Emprego em SP para de cair e tem primeira alta desde março de 2011

Nos acumulado dos 12 meses encerrados em abril, o crescimento do rendimento da indústria foi de 3,6%. O resultado é menos intenso do que o apontado em dezembro (4,4%), janeiro (4,1%), fevereiro (3,8%) e março (3,7%) nesse mesmo indicador.

Na comparação de abril com março, porém, o rendimento avançou 0,2% na taxa com ajuste sazonal (livre de influências típicas de cada período). A ligeira alta veio após o índice recuar 0,5% em março.

Em relação a abril de 2012, houve crescimento de 2,6%. Foi a 40ª taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

O total do pessoal ocupado assalariado na indústria ficou estável em abril na comparação com março (com ajuste sazonal), após variação positiva de 0,2% no mês anterior.

Na comparação com abril de 2012, o emprego no setor teve queda de 0,5%. Foi o 19º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, segundo o IBGE.

Apesar de o emprego ainda "andar de lado", a renda sobe diante da falta de trabalhadores qualificados e da concorrência com outros setores que vão melhor e demandam profissionais, como o de serviços.

Editoria de Arte/Folhapress

PRODUÇÃO

O emprego na indústria, ao contrário da produção --que registrou alta de 1,8% em abril, surpreendendo o mercado pela sua magnitude e espalhamento por vários setores-- não reagiu diante da ainda combalida confiança de empresários.

Estes, por sua vez, costumam aguardar uma recuperação mais segura e estável do setor e da economia antes de contratarem, principalmente em meio a um cenário de crise em grandes mercados de exportação para a indústria brasileira, como Argentina e Europa, e de consumo doméstico enfraquecido.

Na alta da produção em abril, o grande destaque foram os bens de investimento (bens de capital).


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