A recuperação da confiança dos empresários é considerada fundamental para a retomada da economia, que teve expansão fraca no primeiro trimestre.
Embora os investimentos tenham apresentado bom desempenho, economistas têm dúvidas se essa expansão é sustentável. Os indicadores de confiança ainda não retornaram para níveis elevados.
Empresários se declaram cautelosos com crescimento da economia
Alguns empresários acreditam que o maior poder de compra da classe média e as oportunidades de investimento em infraestrutura podem ajudar a melhorar as perspectivas da economia.
Empresas como Novartis e Teuto, do setor farmacêutico, apostam que a demanda por medicamentos será beneficiada pelo consumo da nova classe média.
"O Brasil tem uma população cuja renda aumentou e que quer investir em saúde", diz Adib Jacob, presidente da Novartis no Brasil.
Jacob ressalta que, embora a economia esteja lenta, há setores que mantêm perspectivas positivas.
Outra estratégia usada por algumas empresas, como Arcor (alimentos) e Suggar (eletrodomésticos), é apostar em segmentos ainda pouco explorados no mercado brasileiro.
"A inserção das classes C e D no mercado de consumo abre oportunidade em novos nichos", diz Lúcio Costa, presidente da Suggar, fabricante e importadora de eletrodomésticos.
"Estamos entrando em um novo segmento para atendê-los, como o de secadores e chapinhas."
infraestrutura
Embora ressaltem que a definição das regras para investimentos ocorrem em ritmo lento, os empresários que atuam no setor de infraestrutura apostam em oportunidades nessa área.
"Apesar das dificuldades, ainda estamos otimistas e com planos de investir", diz João Santana, presidente da Constran (construção civil).