Folha de S. Paulo


Entidades criticam decisão do BC de elevar juros

Representantes do comércio, da indústria e de sindicatos criticaram, em sua maioria, a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto porcentual nesta quarta-feira, para 8% ao ano.

Para as entidades, o receio é que a decisão desestimule o investimento interno no país e retraia ainda mais a economia.

Após o anúncio do Banco Central e do PIB de 0,6% --abaixo das expectativas do mercado-- também divulgado nesta quarta-feira, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) prevê uma queda no PIB do setor ainda mais acentuada.

"Nossa previsão para este ano era de um crescimento de apenas 2,5%. Agora, acreditamos que será mais próxima de 2%", afirma o presidente da federação, Paulo Skaf.

Para a Força Sindical e o Sindicato dos Metalúrgicos, a decisão acende o sinal de alerta para os trabalhadores. "A trajetória de alta de Selic deverá restringir crédito e investimentos", afirma Miguel Torres, presidente do sindicato dos Metalúrgicos. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) também acredita que a elevação afetará o crescimento.

A Fecomércio-SP e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) consideram a medida positiva, uma vez que sinalizar ao mercado a disposição do governo de agir para conter a inflação.


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