Folha de S. Paulo


Mais de 30% dos brasileiros não tinham celular de uso pessoal em 2011, diz IBGE

Apesar da popularização dos celulares nos últimos anos, o percentual de brasileiros que não tinham aparelho móvel para uso pessoal em 2011 entre a população com 10 anos ou mais era de 30,9%.

Nesse ano, 115,4 milhões de pessoas de 10 anos ou mais anos tinham telefone móvel celular para uso pessoal, ante 55,7 milhões em 2005, crescimento de 107,2%.

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Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE, com base em dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Editoria de Arte/Folhapress

O coordenador da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, afirma que a menor participação ocorre principalmente entre aqueles que têm menor renda. Entre os motivos, estão os custos.

O percentual de pessoas com celular entre quem ganha de três a cinco salários mínimos (R$ 2.034 a R$ 3.390) era de 89,8%, enquanto o número cai para 41% entre aqueles que não têm renda ou recebe mensalmente até um quarto do salário mínimo (R$ 169,50). Foi considerado o rendimento mensal domiciliar per capita.

Também cresce o total de brasileiros com aparelho conforme aumenta o grau de instrução. Entre os que possuem 15 anos ou mais de estudos (equivalente ao ensino médio completo), o percentual é de 94,7%. Já na parcela que não estudou ou foi à escola por menos de um ano, o número fica em 36,6%.

INSTRUMENTO DE TRABALHO

Há ainda um maior número de donos de celular entre os trabalhadores ocupados, de 79,4%. O percentual entre os desocupados fica em 56,1%.

"O celular virou instrumento de trabalho para muitos autônomos, como pedreiros e domésticos, que utilizam o aparelho para contratar os seus serviços", afirma Adriana Araújo Beringuy, técnica do IBGE.

Por sexo, o percentual de mulheres que tinham telefone móvel celular para uso pessoal ultrapassou o de homens pela primeira vez em 2011: 69,5% das mulheres (60,3 milhões) tinham o aparelho, contra 68,7% dos homens (55,2 milhões).


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