O custo de um consórcio só compensa em relação ao de um financiamento para quem é sorteado até o segundo mês de contrato, de acordo com cálculos feitos pelo Canal do Crédito, site de comparação de taxas bancárias.
De olho na alta renda, banco amplia consórcios
As contas consideram a situação de quem paga aluguel enquanto espera ter a carta de crédito sorteada.
"Comparamos considerando um crédito de R$ 500 mil, contratos de 120 meses e um aluguel de 0,5% do valor de um imóvel de mesmo padrão do pretendido pelo comprador", diz Marcelo Prata, presidente da empresa.
Além do custo com o aluguel, a probabilidade de que o imóvel pretendido se valorize acima da correção da carta de crédito coloca o consórcio em desvantagem a partir do segundo mês.
Mesmo para quem tem um valor guardado para a entrada do financiamento ou para o lance do consórcio, a desvantagem ainda é da segunda modalidade, diz Prata.
"O valor pago como entrada é abatido do valor do imóvel financiado e o mutuário fica livre de juros sobre esse dinheiro", afirma.
"Já o consorciado terá o valor do lance abatido do total das parcelas e pagará custos da taxa de administração sobre essa quantia."
2º IMÓVEL E JOVENS
Especialistas afirmam, porém, que há públicos adequados para o consórcio, como quem pretende adquirir um segundo imóvel e não precisa pagar aluguel enquanto espera, ou jovens que moram com os pais.
"Nesses casos, como não arcam com custos extras enquanto aguardam a carta de crédito, as pessoas podem se beneficiar", afirma o economista Luiz Calado, autor do livro "Imóveis".
Caso os preços dos imóveis subissem além do valor da carta, esse perfil de público não se importaria em comprar um bem de menor padrão do que o pretendido inicialmente, diz Calado.
Desde 2010, o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é liberado para a quitação de consórcios imobiliários. O preço do imóvel, porém, pode ser de no máximo R$ 500 mil.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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