As famílias que receberam imóveis a custo praticamente zero na primeira fase do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) sem cerâmica em todos os cômodos poderão escolher três tipos de pisos diferentes.
O governo bancará a instalação do revestimento, conforme antecipou a Folha. A Caixa Econômica Federal divulgou que além da cerâmica, esses beneficiários do programa poderão optar por piso laminado em madeira ou manta vinílica.
A ideia foi incluir alternativas mais fáceis de instalação, considerando que a maior parte dos imóveis já foi entregue e está ocupada. Essa solução, segundo nota divulgada pela Caixa, atingirá 325.458 unidades do programa.
Outras 78.670 unidades ainda em processo de construção serão entregues com cerâmica instalada. Para isso, os contratos com as construtoras terão um aditivo. "A instalação obedecerá cronograma, que será construído observando as especificidades de cada região e a realidade de cada empreendimento", afirmou a Caixa.
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Com a medida, o revestimento passará a ser colocado nas áreas internas das unidades e também nas áreas comuns dos edifícios, além do banheiro e da cozinha, que já vinham com piso cerâmico instalado.
A Caixa não deu detalhes sobre como será feita a colocação do revestimento nas casas e apartamentos já entregues às famílias. O governo discutiu três formas: dar uma espécie de vale cerâmica para que os próprios beneficiários providenciassem o piso, exigir que as empresas que construíram os empreendimentos instalassem ou ainda entregar o material para que as famílias colocassem nas unidades.
A determinação de que os imóveis tivessem revestimento em todos os cômodos foi da presidente Dilma Rousseff após visita a um conjunto habitacional no início deste ano, conforme noticiou a Folha.
Pelas regras em vigor no lançamento do programa, os imóveis contratados entre 2009 e 2010 e destinados a famílias com renda de até R$ 1.395, não precisavam ter cerâmica em todo piso.
Bastava a instalação do revestimento nas áreas molhadas, como banheiro e cozinha. A medida, na época, foi justificada como uma forma de baratear a construção dos imóveis que são bancados a fundo perdido pela União. As famílias beneficiadas pagam apenas um valor simbólico.
A exigência de cerâmica em todos os cômodos só passou a valer para unidades contratadas a partir de 2011, quando foram aprovadas as regras da segunda etapa do MCMV, já na gestão Dilma.
DILMA
A presidente Dilma Rousseff já tinha prometido, nesta semana, em Minas Gerais, piso de cerâmica em todos os imóveis que foram entregues pelo programa habitacional do governo.
"Não é um capricho da Caixa Econômica ou meu. É porque a gente tem que respeitar o povo brasileiro. Nós não queremos de jeito nenhum que as casas que vocês moram não sejam casas confortáveis, que tenha piso e azulejo", disse a presidente ao entregar um conjunto de apartamentos financiados pelo programa habitacional na região metropolitana de Belo Horizonte.