Folha de S. Paulo


Decisão do Copom não convence investidores e dólar à vista fecha em alta

O dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, fechou esta quinta-feira (18) em alta de 0,65%, cotado a R$ 2,017 na venda.

A moeda se valorizou, apesar do aumento da taxa básica de juros nacional, a Selic, para 7,5% ao ano, o que torna o país mais atrativo para os investidores estrangeiros, que buscam países onde os juros são mais elevados visando aumentar seus rendimentos. Com a maior oferta de dólares no país, a tendência natural é de queda na cotação da moeda.

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"Desta vez, a alta da Selic não causou este tipo de fluxo de entrada, pois não representa qualquer tipo de tendência de alta de juros que possa, de fato, incentivar o capital externo à migrar ao país", disse Fernando Bergallo, gerente de câmbio da Tov Corretora.

O dólar comercial, que é utilizado no comércio exterior, fechou com valorização de 0,9%, também cotado a R$ 2,017 na venda.

"O que vimos é que o mercado avaliou o aperto monetário como tardio e ineficaz, por isso houve uma compra maior da moeda pelos bancos, uma vez que ela é considerada uma aplicação mais segura. Isso moveu a cotação para cima", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Os indicadores econômicos negativos divulgados nos Estados Unidos hoje também contribuíram para a maior aversão ao risco entre os investidores, aumentando a demanda por dólar.

O número de americanos entrando com novos pedidos de auxílio-desemprego subiu levemente na semana passada, enquanto o crescimento da atividade da indústria na região da Filadélfia desacelerou inesperadamente em abril.

(ANDERSON FIGO)


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