A Comissão Especial de Licitação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), formada por membros da agência e representantes de universidades, decidiu manter a classificação de operadora A para a HRT, contestada hoje (15) pela diretora-geral da agência, Madga Chambriard.
Segundo ata da reunião de hoje, "a CEL tomou conhecimento da documentação enviada pela empresa HRT O&G Exploração e Produção e deliberou pela manutenção da habilitação como operadora A".
Essa classe de operadora permite disputar qualquer bloco em terra ou no mar, inclusive em águas profundas.
Mais cedo, a diretora-geral havia criticado a classificação pela Comissão, por não considerar que a HRT tenha experiência em perfuração em águas profundas.
A HRT tem atividades em terra no Brasil, na bacia do Solimões, e possui participações em blocos na Bahia, Espírito Santo e Paraíba.
A companhia porém iniciou campanha em águas profundas na costa da Namíbia, tendo perfurado seu primeiro poço em mar no mês passado. Para Magda, existiam dúvidas se essa experiência seria suficiente para garantir a segurança da operação.
"Depois quem coloca a cara no Jornal Nacional sou eu", disse a executiva referindo-se às reportagens da época do vazamento de petróleo da Chevron, em novembro de 2011.
Segundo Magda, a área de segurança operacional da ANP iria avaliar o caso.