As ações europeias fecharam em queda nesta sexta-feira (5), registrando o maior baixa diária até agora no ano, após o dado de emprego dos Estados Unidos ter vindo muito pior do que o esperado.
O índice das 300 principais ações europeias, o FTSEurofirst 300, encerrou em baixa de 1,6%, a 1.162 pontos, acumulando perda de 2,2% na semana --pior resultado semanal em quase cinco meses.
Nos EUA, os empregadores contrataram no ritmo mais lento em nove meses em março, adicionando apenas 88 mil empregos no período, um sinal de que a austeridade de Washington pode estar roubando o ímpeto da economia.
A taxa de desemprego, por outro lado, caiu para 7,6%, ante 7,7% anteriormente, mas isso ocorreu em grande parte devido às pessoas deixando a força de trabalho, mostraram dados do Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.
Analistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 200 mil empregos em março.
O ritmo mais lento de crescimento nas folhas de pagamento marca uma inversão profunda da recente tendência na qual o mercado de trabalho parecia estar acelerando seu ritmo de recuperação. Isso também vem depois que Washington aumentou impostos em janeiro, e com a entrada em vigor dos cortes de orçamentos federais em março.
"É um número ruim, muito pior do que o consenso ou dos rumores que haviam circulado", disse estrategista do City Index, Joshua Raymond, referindo-se aos comentários feitos no mercado de que o resultado seria de cerca de 120 mil.
A queda do FTSEEurofirst foi liderada pelo setor de viagens e lazer, com queda de 3,4%, em meio a preocupações com o impacto sobre as vendas de um novo surto de gripe aviária na Ásia.
Em Londres, o índice Financial Times caiu 1,49%, a 6.249 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX perdeu 2,03%, para 7.658 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 recuou 1,68%, a 3.663 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve alta de 0,64%, para 15.250 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 0,63%, a 7.798 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 caiu 0,76%, para 5.636 pontos.