Folha de S. Paulo


Eclusas de Tucuruí ficam subutilizadas por falta de obras no rio Tocantins

Construídas a um custo de R$ 1,6 bilhão e inauguradas em novembro de 2010 para permitir a navegabilidade no rio Tocantins, as eclusas de Tucuruí (sudeste do Pará) estão subutilizadas.

Apesar de terem a capacidade de realizar 16 transposições de embarcações por dia, até hoje as eclusas só foram usadas para 40 transposições.

O governo federal quer resolver o problema por considerar as hidrovias um meio de transporte estratégico e mais barato que as rodovias.

As eclusas são necessárias para as embarcações vencerem o desnível entre um lado e outro da hidrelétrica de Tucuruí. Trata-se de uma espécie de plataforma com água em seu interior, podendo ser enchida ou esvaziada.

O problema é que as embarcações não conseguem chegar até as eclusas porque há um trecho de 43 km do rio Tocantins, entre Marabá e Tucuruí, repleto de pedras.

Divulgação
Eclusa da usina de Tucuruí, no Pará, subutilizada por falta de obras em trecho do rio Tocantins
Eclusa da usina de Tucuruí, no Pará, que custou R$ 1,6 bi e está subutilizada por falta de obras no rio Tocantins

OBRA

É necessário retirar as rochas do caminho, permitindo a navegabilidade de grandes embarcações, para que as eclusas não permaneçam subutilizadas.

Segundo a Ahimor (Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental), até a metade deste ano deve ser feita a licitação para a obra, sob responsabilidade do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

Grandes embarcações não conseguem passar nesse trecho do rio Tocantins durante o período seco, diz o superintendente da Ahimor, Michel Dib Tachy. "Para podermos transportar em maior quantidade nas eclusas, que têm uma capacidade de 70 milhões de toneladas por ano, precisamos tornar esse trecho navegável o ano inteiro."


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