Folha de S. Paulo


Um livro para cidades caminháveis e mais quatro indicações culturais

LIVRO | CIDADE CAMINHÁVEL
O urbanista americano Jeff Speck respondeu a três perguntas da "Ilustríssima" sobre seu livro recém-lançado no Brasil que apresenta dez passos para que as cidades médias americanas sejam caminháveis, sua proposta para tornar as cidades melhores, o que ele acredita já estar acontecendo com os grandes centros urbanos de seu país. (ÚRSULA PASSOS)
trad. Anita di Marco e Anita Natividade | Perspectiva | R$ 60 (272 págs.)

Folha - Os dez passos servem para grandes cidades brasileiras?
A questão não é a aplicabilidade mas quão distante sua cidade está de aplicá-las. A lei da demanda induzida, por exemplo, é universal, sabemos que não se pode combater o trânsito com mais ruas ou faixas, os líderes de suas grandes cidades sabem que o principal impacto de investimento em estradas é convidar mais pessoas a usar o carro?

Como a caminhabilidade é diferente nos países ricos e em desenvolvimento?
As cidades europeias priorizam o transporte não automotivo e a maioria das pessoas não dirige, enquanto nos EUA se prioriza o transporte automotivo e as pessoas dirigem, os países em desenvolvimento oferecem o pior dos dois mundos: priorizam o automotivo ainda que a maioria das pessoas não dirija. Há exceções, mas grande parte dedica sua infraestrutura em transporte para a minoria de seus cidadãos: os que podem ter um carro.

Por que cidades caminháveis são importantes?
Os argumentos são de ordem econômica, epidemiológica e ambiental. Criar regiões que demandam transporte automotivo coloca um peso financeiro muito grande sobre os cidadãos; temos uma epidemia de obesidade nos EUA que causa várias doenças, pessoas que moram em áreas menos caminháveis têm o dobro de chance de ter sobrepeso do que aquelas de áreas caminháveis, além disso, acidentes de trânsito matam e ferem mais em cidades menos caminháveis; e quanto mais densa a cidade, menor –cerca de um quarto– é a emissão individual de carbono.

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EXPOSIÇÃO | GAL OPPIDO
O fotógrafo e desenhista paulistano (1952) comemora 35 anos de carreira com "Sentidos da Pele". Entre trabalhos inéditos e recentes, há 44 fotografias, um desenho, um vídeo e uma peça de vestir.
galeria Lume | tel. (11) 4883-0351 | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb, das 11h às 15h | grátis | até 18/6

Gal Oppido/Divulgação
"Ocupacorpo" (2014), de Gal Oppido

LIVRO | LOBAS
Estreia de R. C. Rocha como escritor –ou Rafael Campos Rocha, ilustrador e cartunista, autor da série "Ogro", publicada pela "Ilustríssima"–, o romance retrata um mundo em que mulheres-lobas são os seres mais poderosos e atraentes que existem. A obra é a primeira de uma trilogia de aventura e fantasia.
Veneta | R$ 39,90 (224 págs.)

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EXPOSIÇÃO | JULIA DEBASSE
A artista plástica carioca (1985) expõe uma série de novas pinturas em que relaciona animais e plantas a órgãos humanos. Os artistas Fernando de La Rocque e Victor Arruda também apresentam suas obras mais recentes.
Artur Fidalgo galeria - Rio | tel. (21) 2549-6278 | de seg. a sex., das 10h às 19h | grátis | até seg. (13)

Divulgação
"Pulmão" (2016), de Julia Debasse

DANÇA | ZÉLIA MONTEIRO
Discípula de Klauss Vianna, a artista utiliza elementos do balé como força motriz das ações de improvisação cênica no espetáculo "Percursos Transitórios".
Galeria Olido | tel. (11) 3331-8399 | estreia qui. (16) | de qui. a sáb., às 20h; dom., às 19h | grátis (ingressos uma hora antes) | até 26/6


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