Folha de S. Paulo


Famosa por seus tapetes de materiais nobres, arte persa é tema de coleção

A arte persa data dos primeiros sinais de civilização nas planícies do Irã. Sua rica história estará disponível nas bancas no domingo (10), no 26º volume da Coleção Folha O Mundo da Arte.

Da ascensão no século 10 a.C. ao declínio, por volta do século 19 d.C., a arte persa manteve-se coerente, individual e, apesar das diversas revoltas políticas e religiosas, tradicional.

Entre as descobertas arqueológicas desse período da história da arte encontradas no território iraniano, há cerâmicas e ornamentos, moedas e joias, placas de marfim, pratos e recipientes forjados ou finalizados em ouro, prata e bronze.

Muitos desses objetos foram decorados com representações de criaturas míticas ou de divindades do Avesta, o antigo texto sagrado iraniano.

Reprodução
O Anjo Gabriel mostra a proeza de Ali ao profeta Maomé', miniatura persa realizada em torno de 1480
'O Anjo Gabriel mostra a proeza de Ali ao profeta Maomé', miniatura persa realizada em torno de 1480

Na Pérsia, a arte também foi aplicada à tecelagem. Famosos, os tapetes persas reproduziam tanto cenas pagãs quanto cerimônias religiosas, sempre utilizando materiais nobres, tais quais a seda e os fios de prata.

A pintura do período se revela em artefatos como jarros, tigelas e vasos, e também em miniaturas de manuscritos. Os temas variam conforme a época: podem ser ilustrações de textos científicos ou histórias alegres sobre as vidas e os feitos de antigos heróis e reis.

Assim como a pintura, a arquitetura persa também se transformou com o passar do tempo. As diferenças entre os palácios de pedra, que datam de 500 a.C., e as mesquitas muçulmanas construídas por volta do século 17 d.C. são muitas. Ainda assim, é possível notar como a arte persa foi capaz de manter alguns pontos em comum: o refinamento e a delicadeza.


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