Folha de S. Paulo


Sindicato dos produtores de Hollywood expulsa Harvey Weinstein

Charles Sykes/Associated Press
O produtor de cinema americano Harvey Weinstein foi acusado de assédio sexual por mais de 60 mulheres
O produtor de cinema Harvey Weinstein foi acusado de assédio sexual por mais de 60 mulheres

O sindicato dos produtores cinematográficos dos Estados Unidos expulsou nesta segunda-feira (30) Harvey Weinstein, afirmando que o assédio sexual não será mais tolerado na organização.

A decisão é anunciada quatro semanas após o escândalo deflagrado pelo jornal americano "The New York Times" e a revista "The New Yorker" com denúncias de assédio sexual contra mais de 60 mulheres, incluindo as atrizes Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Mira Sorvino.

"Diante da conduta amplamente informada do senhor Weinstein —alimentada por novas informações— a junta nacional do sindicato dos produtores aprovou, por unanimidade, impor a proibição vitalícia ao senhor Weinstein, expulsando-o de maneira definitiva", disseram.

"Este passo sem precedentes é um reflexo da seriedade com a qual o sindicato recebe as numerosas denúncias de décadas de má conduta do senhor Weinstein. O assédio sexual não pode mais ser tolerado em nossa indústria ou dentro do sindicato".

Nesta segunda-feira (30), o "New York Times" revelou que Hope Exiner d'Amore acusou Weinstein de estuprá-la em um hotel na década de 1970, e citou outro caso, o de Cynthia Burr, forçada a fazer sexo oral em um corredor.

Uma terceira denúncia veio de Ashley Matthau, dançarina que atuou em filmes Weinstein e afirma que foi jogada em uma cama pelo produtor em 2004, que se masturbou sobre ela.


Endereço da página:

Links no texto: