O sindicato dos produtores cinematográficos dos Estados Unidos expulsou nesta segunda-feira (30) Harvey Weinstein, afirmando que o assédio sexual não será mais tolerado na organização.
A decisão é anunciada quatro semanas após o escândalo deflagrado pelo jornal americano "The New York Times" e a revista "The New Yorker" com denúncias de assédio sexual contra mais de 60 mulheres, incluindo as atrizes Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Mira Sorvino.
"Diante da conduta amplamente informada do senhor Weinstein —alimentada por novas informações— a junta nacional do sindicato dos produtores aprovou, por unanimidade, impor a proibição vitalícia ao senhor Weinstein, expulsando-o de maneira definitiva", disseram.
"Este passo sem precedentes é um reflexo da seriedade com a qual o sindicato recebe as numerosas denúncias de décadas de má conduta do senhor Weinstein. O assédio sexual não pode mais ser tolerado em nossa indústria ou dentro do sindicato".
Nesta segunda-feira (30), o "New York Times" revelou que Hope Exiner d'Amore acusou Weinstein de estuprá-la em um hotel na década de 1970, e citou outro caso, o de Cynthia Burr, forçada a fazer sexo oral em um corredor.
Uma terceira denúncia veio de Ashley Matthau, dançarina que atuou em filmes Weinstein e afirma que foi jogada em uma cama pelo produtor em 2004, que se masturbou sobre ela.