Desde o fim do século 19, o termo "naïf" (ingênuo) nomeia a arte de pintores sem formação acadêmica. Essa arte, cuja espontaneidade atraiu a atenção de profissionais, é o tema do 20º livro da Coleção Folha O Mundo da Arte, nas bancas no domingo (29).
Arte Naïf (Vol. 20) |
Folha de S.Paulo |
Comprar |
Em 1886, quando o pintor de fim de semana Henri Rousseau expôs suas obras em Paris, o crítico Wilhelm Uhde e artistas como Picasso e Gauguin se interessaram por sua liberdade expressiva. Por não estar ligado a escolas específicas, Rousseau —como outros amadores— não precisava seguir regras.
A fluidez, a vivacidade, as cores alegres e as formas limpas de seus quadros ajudaram a impulsionar a arte naïf e a abrir caminho para outros pintores, como Séraphine Louis, André Bauchant e Camille Bombois —ainda que, por muito tempo as imperfeições técnicas de suas obras, como o uso inadequado da perspectiva, tenham sido motivo de chacota no meio artístico conservador.