Folha de S. Paulo


Bafta suspende filiação de Harvey Weinstein após acusações de assédio

Yann Coatsaliou/AFP
O produtor de cinema Harvey Weinstein foi acusado de assédio sexual por dezenas de mulheres
O produtor de cinema Harvey Weinstein foi acusado de assédio sexual por dezenas de mulheres

Harvey Weinstein foi suspenso da academia de cinema britânica Bafta nesta quarta-feira (11) devido às alegações de que o produtor de filmes de Hollywood molestou sexualmente várias mulheres.

"À luz de alegações recentes muito sérias, a Bafta informou Harvey Weinstein que sua filiação foi suspensa, com efeito imediato", disse a academia em um comunicado.

"Esperamos que este anúncio envie a mensagem clara de que tal comportamento não tem vez de maneira nenhuma em nossa indústria".

Em um artigo publicado na revista New Yorker na terça-feira, a porta-voz de Weinstein, Sallie Hofmeister, respondeu às acusações, dizendo que "quaisquer alegações de sexo não-consensual são negadas inequivocamente pelo senhor Weinstein".

"O senhor Weinstein obviamente não pode responder a alegações anônimas, mas com respeito a quaisquer mulheres que tenham feito alegações oficialmente, o senhor Weinstein acredita que todos estes relacionamentos foram consensuais."

A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente nenhuma das alegações. Weinstein e várias das mulheres citadas na reportagem não responderam de imediato a pedidos de comentário enviados por email.

O produtor era um dos curadores do Bafta em Nova York e tinha o hábito de dar festas suntuosas antes da cerimônia anual de premiação da academia. Seus filmes foram indicados aos prestigiosos prêmios da instituição britânica quatro vezes.

OSCAR

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza o Oscar, disse que fará uma reunião especial no sábado (14) para discutir as alegações contra Weinstein.

Em comunicado, a Academia disse que considera "repugnante, abominável e antiética" a conduta do produtor. Ele tem uma estatueta do Oscar de melhor filme por "Shakespeare Apaixonado" (1999).


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