Folha de S. Paulo


Público da Cidade do Rock prefere roda-gigante a rap português

Rodrigo Chadí / Fotoarena / Agência O Globo
Público enfrenta longas para passeio em roda-gigante no Rock in Rio
Público enfrenta longas para passeio em roda-gigante no Rock in Rio

Depois das 14h, quando os portões da Cidade do Rock são abertos, as duas horas seguintes registram o maior período de dispersão do público. A prioridade para quem vem pela primeira vez é andar e ver tudo. E há muito a ver.

Quem tem espírito de Disneylândia já engrossa as filas da roda-gigante ou da montanha-russa. Às 15h do domingo (17), havia mais pessoas nessas filas do que interessados no show de rappers portugueses no palco Sunset.
Aliás, o hip-hop luso, com uma plateia de pouco mais de 200 pessoas, perdia em público para o diminuto palco da Rock District, área temática que fica na parte mais distante dos portões do local.

Lá, no mesmo horário, o público foi surpreendido por um show de covers de rock do ator e cantor André Frateschi. Nada novato, ele está no auge da popularidade agora, depois de ganhar o programa "PopStar" (Globo). Perto dali, DJs e youtubbers em minipalcos patrocinados por empresas também atraíam fãs.

Na área destinada aos games, a Game XP, o público encontra um lugar climatizado para fugir do calor.

Esse é um trunfo também da Gourmet Square, o espaço gastronômico para 500 pessoas em que o ar-condicionado é tão ou mais valioso do que osas guloseimas.

Há fliperamas que agradam aos mais velhos, além de estandes com os lançamentos de jogos de última geração, como os que usam óculos de realidade virtual.

Quatro jogadores podem se enfrentar em partidas de futebol ou jogo de corrida. Uma grande tela no alto da arena transmite as partidas. Num outro ponto, o público se enfrenta em jogos de batalha, como o "Leagues of Legend", adorado por jovens.

Alexandre Omi, 50, veio assistir ao show de Nile Rodgers & The Chic, mas seu filho, Fernando, 5, deixou claro que estava na Cidade do rock só por causa dos games. A arena era predominantemente povoada por pais e filhos.

Pedro Botelho, 10, tirava uma foto antes de entrar na fila para o lounge da NBA, o mais lotado na tarde de domingo. "Basquete é o jogo de que eu mais gosto", diz ele, que saiu de Niterói com a mãe, Larissa, e a tia, Lorena, para conhecer o festival.


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