Já virou tradição. Há um momento em que o Rock in Rio vira uma espécie de coreografia de axé ensaiada em massa. Todos já sabem: é o show da Ivete Sangalo.
A baiana tem lugar reservado entre os headliners do festival desde 2004, quando se apresentou pela primeira vez no evento de Roberto Medina em sua versão portuguesa.
Neste ano, Ivete entrou para cantar "Imagine", de John Lennon, de mãos dadas com Gisele Bündchen, e retornou para armar um carnaval após um intervalo com a tradicional queima de fogos.
A cantora deu início à programação do palco Mundo, o principal do evento, que seria arrematado por Lady Gaga. O cancelamento da popstar, impedida de vir ao Brasil devido a fortes dores causadas por uma fibromialgia, recebeu o apoio de Ivete.
"Não posso passar batido por esse assunto, eu como fã dela também fiquei triste", disse a baiana, atiçando os monstrinhos ("little monsters"), como são chamados os fãs de Gaga.
"Mandei tanta direct", brincou, arrancando risos. "[Cancelar um show] é uma condenação para um artista, tenho certeza que um artista como ela é jamais trataria isso de forma irresponsável".
Ivete ameaçou cantar "Bad Romance", mas, para a decepção geral, cantou apenas uma vinheta e arrematou o show com "Arerê".
Essa não foi a única homenagem da apresentação. A baiana homenageou Cazuza cantando "Pro Dia Nascer Feliz" e, em outro momento, fez um pot-pourri com refrões de Daniela Mercury, Claudia Leitte e É o Tchan.
Na maior parte do tempo, como esperado, Ivete animou o público com hits resistentes às décadas, como "Quando a Chuva Passar", "Sorte Grande" e "Eva".