Simpático e demonstrando bom repertório de fraseados de eletropop, o inglês SG Lewis fez o que estava a seu alcance como primeiro show do Rock in Rio 2017. Às três da tarde, termômetros em 33°C, ele enfrentou a vontade do público que queria conhecer tudo que a nova e gigantesca Cidade do Rock tem a oferecer.
Na terceira música de seu show, a reportagem da Folha contou 143 pessoas paradas para vê-lo no Palco Sunset. Longe dali (tudo é longe nesse Rock in Rio monstro), pelo menos umas 2.000 pessoas se agrupavam próximas a um dos minipalcos patrocinados e ensaiavam coreografias para um DJ com set básico de hits, tipo Anitta.
No transcorrer do show de SG Lewis, o público deve ter chegado a umas 500 pessoas. O inglês se apresentou cantando e tocando teclados, às vezes guitarra. Trouxe com ele um grupo jovem, com outro tecladista/guitarrista, um baterista e um casal de cantores. A garota, negra e com cabelos roxos, era chamada de "Ludmilla" pela plateia.
SG Lewis anunciou umas duas músicas como "novas", mas não fazia tanta diferença. O público desconhecia seus hits, mas isso não impediu que todo mundo dançasse bastante.
No final, depois de cumprir a missão de ocupar o segundo maior palco do festival por 45 minutos, agradeceu muito, bastante empolgado. As meninas na plateia aprovaram seu jeito de bom moço.
SG Lewis merecia plateia maior com seu eletrônico competente. Num lugar menor, deve funcionar bem.