Folha de S. Paulo


Volume 11 da Coleção Folha revela os traços pujantes da arte gótica

Martin Bureau/AFP
Visão do interior da catedral de Notre Dame, em Paris
Visão do interior da catedral de Notre Dame, em Paris

O gótico fez sua entrada no norte da França, na alta Idade Média (1150-1450), e logo se espalhou pela Europa, especialmente por Inglaterra, Alemanha, Itália e Países Baixos.

O 11º volume da Coleção Folha O Mundo da Arte, nas bancas no domingo (27), é dedicado a essa manifestação artística, que evoluiu por mais de 200 anos.

O gótico tem raízes no triunfo da religião católica, representada pela poderosa arquitetura de catedrais.

Seu início foi marcado pela descoberta dos arcos ogivais ou transversais, que aliviaram o peso das paredes maciças da era românica e permitiram a introdução de janelas para a entrada de luz e, com isso, a criação dos vitrais que também traziam cor.

A linguagem visual ficou mais naturalista, em comparação aos temas sombrios dos tempos romanos.

Embora a arquitetura tenha sido sua manifestação mais forte, pintura, iluminura e escultura também tiveram papel importante.

As catedrais góticas tinham a missão de elevar os fiéis ao mundo divino. Os vitrais e as esculturas traziam narrativas bíblicas e as pinturas tiveram as proporções reduzidas. Assim, puderam ser produzidas não exclusivamente para igrejas, o que abriu novos caminhos para essa arte.

Dessa safra saíram os pintores holandeses Hubert e Jan van Eyck, Hans Memling, Dirk Bouts e os italianos Gentile da Fabriano e Giotto di Bondone, que abriram caminho para o Renascimento italiano.


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