Folha de S. Paulo


Coleção Folha traz principais artistas e obras do mundo da arte em 30 livros

Este não é um ano de Bienal, mas 2017 veio com uma agenda de exposições muito forte. Já tivemos em São Paulo, só neste semestre, mostras de Antoni Gaudí, Anita Malfatti e Yoko Ono.

A avenida Paulista recebeu mais um grande espaço dedicado às artes, a Japan House e, atualmente, há boas exposições em cartaz, como "O Impressionismo e o Brasil" (MAM) e "Todo Mundo É, Exceto Quem Não É", primeira bienal de arte naïf da cidade, apresentada no Sesc Belenzinho.

Reprodução
O Salão de Balé da Ópera' (1872), de Edgar Degas, obra que está no volume 1 da coleção
'O Salão de Balé da Ópera' (1872), de Edgar Degas, obra que está no volume 1 da coleção

Num futuro próximo, poderemos ver ainda as obras do pós-impressionista francês Henri de Toulouse-Lautrec (Masp) e um recorte da vanguarda brasileira dos anos 1960 (Pinacoteca), entre muitas outras atrações.

Para ajudar o leitor a acompanhar o que acontece de melhor nas artes neste e nos próximos anos, a Folha passa a levar às bancas a partir de domingo (25/6), a Coleção Folha O Mundo da Arte.

SIMPLES E DIDÁTICA

Em 30 volumes, serão abordados diversos estilos, escolas, movimentos e denominações utilizadas para diferenciar as manifestações artísticas ao longo da história.

De forma simples e didática, a coleção tem intenção de dar conta da complexidade da arte e das transformações que ela experimentou no decorrer do tempo.

A coleção passará, dentro da perspectiva ocidental, pela arte clássica e pela arte moderna, partindo dos fundamentos das artes grega, romana e medieval.

Percorreremos os diversos estilos clássicos e anticlássicos, como o renascentista, o barroco, o rococó e o neoclássico, representados nas artes visuais, na arquitetura e nos artefatos.

"A arte é dar visibilidade a algo invisível", diz Maria Carolina Duprat, professora de história da arte e curadora do projeto.

Uma vez que o jeito como enxergamos algo muda conforme o tempo em que vivemos, os movimentos artísticos acompanham os do homem: os enfrentamentos e acordos entre clero e Estado, as descobertas científicas, as navegações, os descobrimentos, o mercantilismo, as transformações sociais, a Revolução Industrial e as revoluções na Inglaterra e na França.

Tudo isso se reflete nas obras, que ora resgatam as tradições, ora contestam o status quo. Duprat comenta o porquê: "Na minha perspectiva, isso se deve a um movimento cíclico do homem ao longo de sua história".

"O homem sempre trabalha em diálogo com o que já foi feito, relevando ou contestando. Associo esse aspecto a algo inerente ao homem, a alternância entre Apolo e Dionísio, entre os opostos que mobilizam o homem em busca do equilíbrio."

LANÇAMENTO

Em seu lançamento, no próximo domingo (25), a Coleção Folha O Mundo da Arte traz dois livros com movimentos que marcaram o século 19: o impressionismo e o romantismo.

Sem seguir ordem cronológica, a coleção percorre os estilos artísticos mais importantes da história até chegar ao século 20 e à instabilidade provocada pelas grandes guerras mundiais.

A arte, porém, não é exclusividade do Ocidente. Por isso, a coleção amplia as fronteiras geográficas e traz cinco livros dedicados ao Oriente, tratando da produção egípcia, bizantina, persa, indiana e chinesa.


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