Folha de S. Paulo


Público no Theatro Municipal ouviu de clássicos a samba durante a Virada

Giovanni Bello-20.mai.2017/Folhapress
Intervenção artística em frente ao Theatro Municipal durante a Virada Cultural
Intervenção artística em frente ao Theatro Municipal durante a Virada Cultural

O Theatro Municipal, na região central de São Paulo, preparou as apresentações da Virada Cultural pensando no público que não é o recorrente da casa.

À meia-noite, um espetáculo temático brincou com peças de terror. Duas horas depois, a bateria da escola de samba Vai-Vai foi recrutada para espantar o sono do público.

"Vocês precisam abraçar esse teatro. Voltem sempre, estamos esperando de braços abertos", disse o diretor artístico, Cleber Papa, antes do início da apresentação, para um público diverso, que lotou a sala. Havia ingressos disponíveis até o início da sessão.

A Orquestra Bachianas executou peças conhecidas, como a "Pequena Serenata Noturna", de Mozart, e canções populares, como "Samba do Avião" e "Chovendo na Roseira", ambas de Tom Jobim.

Em "Um Dia de Domingo", de Tim Maia, o público foi convidado a cantar e liberado para fotografar e filmar. Celulares e cantoria na plateia são intoleráveis na programação habitual do Municipal.

Thobias da Vai-Vai subiu ao palco para cantar "Smile", canção famosa na voz de Nat King Cole. "No palco do Municipal, um regente japonês e um negão cantando em inglês", brincou. Ele anunciou que estará em breve nas Quartas Musicais, dia em que o Theatro dedica a repertórios variados.

O sambista recebeu no palco integrantes da bateria da Vai-Vai. Eles tocaram junto com a orquestra, entre outras canções, "Trem das Onze", de Adoniran Barbosa, com a plateia novamente livre para cantar e fotografar –os músicos também fizeram selfie no palco.


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