Votação online realizada pelo Writers Guild of America (Sindicato dos Roteiristas dos EUA) tem adesão de 96% dos membros, de acordo com o site americano "Variety".
Caso não seja feito um acordo com os estúdios até o dia 1º de maio, roteiristas de Hollywood prometem paralisação de seus trabalhos.
Em 2008, foi instaurada uma greve do sindicato dos Roteiristas que durou 100 dias e custou cerca de US$ 2,5 bilhões à economia de Los Angeles.
*
ENTENDA A GREVE:
CAUSAS
As redes de televisão tem encomendado temporadas cada vez mais enxutas, entre dez e 13 episódios, comparada ao passada que uma temporada costumava durar entre 22 e 24 episódios. Dessa forma, escrever para uma série gera menos dinheiro para os roteiristas.
Além disso, cláusula de exclusividade prevê que cada roteirista só pode escrever para uma série por vez, o que pode tirar um roteirista do mercado por até um ano.
PEDIDOS
Em resumo, o sindicato pede por aumento de salário e que os estúdios contribuam mais para seu plano de saúde.
IMPACTO NA TELEVISÃO
Com a paralisação, programas de televisão como talk-shows seriam reprisados e séries provavelmente teriam que adiar suas temporadas.
Além disso, as maiores redes de TV já vem perdendo consumidores devido a serviços de vídeo sob demanda como Netflix e Amazon. A greve pode aumentar ainda mais essa perda.
IMPACTO NO CINEMA
O cinema sofreria menos que a televisão. Filmes com roteiros já prontos teriam sua produção iniciada. Os executivos de cinema só começaram a se preocupar, na greve passada -acontecida no inverno norte-americano-, quando a paralisação ameaçou prejudicar a entrega do Oscar.
POSIÇÃO DOS ESTÚDIOS
Os estúdios assim como roteiristas também enfrentam um futuro incerto, uma vez que empresas de cinema e TV têm sofrido com plataformas sob demanda, que tendem a fazer cada vez mais com que os consumidores deixem de lado os pacotes de TV a cabo.