Folha de S. Paulo


Brasileiro que fez obra no Coachella usa poema da Estátua da Liberdade

Divulgação
Instalação de Gustavo Prado no Festival Coachella
Instalação de Gustavo Prado no Festival Coachella

Famoso pelos dois finais de semana que abarcam shows de diversos cantores e reúne celebridades, o festival Coachella –que acontece até o dia 23 de abril em Indio, cidade parte do deserto da Califórnia— também é palco para instalações de artistas plásticos, como a do brasileiro Gustavo Prado.

Morador de Nova York há seis anos, Prado explicou que, após observar o fortalecimento de um nacionalismo extremista em diversas frentes, decidiu usar a imigração como tema da sua instalação.

Para Prado, é preciso chamar atenção de artistas que têm o visto negado aos Estados Unidos "sobretudo quando é tão claro que ter uma oportunidade como essa faz de mim um exemplo gritante de um beneficiário direto dessa abertura".

Repleta de espelhos côncavos e convexos, o artista reflete que o intuito da obra foi criar uma reflexão, "mesmo que se busque o reflexo isolado, solitário como na selfie, o que se vê inevitavelmente incluído é quem está ao lado, em volta".

Usado na instalação do brasileiro, "The New Colossus" é o poema da americana Emma Lazarus gravado na placa do pedestal da Estátua da Liberdade. "Usei parte do último verso 'Send these, the homeless, tempest-tost to me, I lift my lamp beside the golden door!' (Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades, pois eu ergo o meu farol junto ao portal dourado) na esperança de que as pessoas fossem atrás do poema", explica Prado.


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