Pais acostumados a torturantes sessões de cinema ao lado dos pimpolhos, vendo filmes bobinhos, podem ir contentes assistir "Smurfs e a Vila Perdida". Fofo, inteligente e com algumas sequências visuais exuberantes, é, como dizia uma propaganda antiga, um filme para toda a família.
O momento é cronologicamente favorável a mais um filme dos Smurfs. As crianças pequenas de hoje têm pais trintões ou quarentões, que assistiram aos desenhos dos homenzinhos azuis em sua estreia na TV, nos anos 1980.
Mesmo assim, a nova animação capricha na abertura, com uma introdução didática. Os personagens principais são apresentados em esquetes curtinhos e engraçados.
Todos ficam sabendo que Smurfette não é uma smurf de verdade, mas sim uma criação do bruxo Gargamel. E os dois são fundamentais no filme.
Sem querer, Smurfette descobre a presença de outras criaturas azuis numa parte da floresta que Papai Smurf não permite que seja visitada. Lógico que não demora muito para a menina se embrenhar na região desconhecida, com seus devotados escudeiros: Robusto, Gênio e Desastrado.
O quarteto vai achar novos amigos por lá, mas também colocará todos em risco, porque Gargamel, sempre disposto a capturar smurfs para usar como ingredientes de poções malévolas, segue os heróis.
O Vale Perdido é delirante, quase lisérgico. Tem fauna e flora esquisitas, como se fosse uma espécie de "Smurfette no País da Maravilhas."
Uma animação para fisgar pais e filhos, sem exceções.