Folha de S. Paulo


Amir Slama escorrega ao levar moda praia aos anos 1980

Os anos 1980, década que há algumas temporadas está entre as principais tendência de moda, foi a principal inspiração de Amir Slama.

Tecidos metalizados, calcinhas asa-delta, maiôs com recortes navalhados e peças de moletom encurtadas e estampas com o nome do estilista remetiam aos excessos e culto ao corpo típico daquela década.

Propostas que poderiam funcionar na passarela e encontrar derivação na linha comercial, falharam já na construção da imagem, datada e hipersexualizada. Além de propostas repetitivas das peças de lamê, calças e blusas com o nome do estilista impresso no tecido nada dizem sobre as ideias da coleção, porque apenas massagear o ego do criador.

O estilista é um dos mais importantes da moda praia nacional e fundador da Rosa Chá, grife da qual saiu em 2009. O histórico, porém, não condiz com a imagem vista na passarela.

Responsável por momentos memoráveis do "beachwear" brasileiro, Slama tem no currículo o mérito de sofisticar e internacionalizar o segmento. Precisa, contudo, reencontrar um caminho criativo menos ufanista e nostálgico, e entender que, dele, ninguém espera menos do que algo novo.


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