Folha de S. Paulo


Roman Polanski tenta novamente resolver caso de estupro de 1977

Valery Hache/AFP
O diretor Roman Polanski, acusado de estupro, posa para foto no festival de Cannes de 2014
O diretor Roman Polanski, acusado de estupro, posa para foto no festival de Cannes de 2014

A equipe de advogados de Roman Polanski, 83, iniciou uma nova tentativa para resolver o caso de estupro de 1977 envolvendo o cineasta e liberar a sua volta para os Estados Unidos sem que ele precise ficar mais tempo na prisão.

Harland Braun, advogado de Los Angeles do diretor vencedor do Oscar, afirmou nesta quinta-feira (16) que Polanski deseja poder viajar livremente e visitar a sepultura da sua mulher, Sharon Tate, que foi assassinada em Los Angeles por seguidores de Charles Manson em 1969.

Braun declarou ter escrito ao juiz do caso de Polanski na Califórnia, e uma sessão foi marcada para 24 de fevereiro.

Tanto a Polônia quanto a Suíça rejeitaram pedidos norte-americanos pela extradição do cineasta nos últimos sete anos.

CASO DE ESTUPRO

O caso do franco-polonês Polanski permanece notório depois de quatro décadas. Ele se declarou culpado em Los Angeles em 1977 por ter mantido relação sexual com uma menina de 13 anos e ficou 42 dias na prisão depois de um acordo judicial, mas mais tarde fugiu dos EUA, temendo uma sentença de prisão longa, se o acordo fosse anulado.

Em 2009, ele foi preso em Zurique, na Suíça, em cumprimento a um mandado dos EUA e colocado sob prisão domiciliar. Ele foi libertado em 2010 depois que as autoridades suíças decidiram não extraditá-lo.

Os EUA solicitaram à Polônia a extradição de Polanski quando ele fez uma importante aparição em Varsóvia, em 2014.

A promotoria de Los Angeles argumenta que Polanski continua sendo um fugitivo e está sujeito à prisão imediata nos Estados Unidos, porque ele fugiu do país antes da sentença.


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