Um dos contos de fadas mais conhecidos e amados pelas crianças e pelos adultos, "Cinderela" é a quarta obra a ser adaptada pela Coleção Folha Histórias Reis, Príncipes e Princesas, e estará à venda nas bancas no domingo (19) por R$ 18,90.
Um fato curioso sobre "Cinderela" é que há diversas versões do conto espalhadas pelo mundo, vindas de lugares distintos como China, Vietnã e Oriente Médio.
O livro usado como fonte para a adaptação de Susana Ventura é do escritor francês Charles Perrault (1628-1703), que registrou e reescreveu histórias da tradição oral de forma única e envolvente.
Há muitas justificativas para que a narrativa seja tão difundida. Ventura, que também é professora e pesquisadora, conta que os estudiosos de contos de fadas sempre se perguntam por que um pedaço de uma história –neste caso, a madrasta que maltrata ou o encontro do verdadeiro amor– seja encontrado em diferentes pontos do mundo.
"Há diversas explicações e talvez a que mais me agrade seja a de que as histórias viajam com as pessoas, constituindo uma espécie de bagagem simbólica que ajuda a atravessar as geografias mais díspares e que, repetida, traz de volta a origem", diz.
Sendo assim, a história da Cinderela certamente viajou muito e foi parar nos palcos de teatros em forma de peça, de ópera e de balé. Virou filme até na União Soviética, embora quem tenha se saído melhor, neste caso, tenham sido os americanos com a versão da Disney.
À Folha, a história chegou com ilustrações de Tel Coelho dando vida à aventura da garota que, após perder sua mãe, é oprimida pela madrasta má e suas filhas. Sua vida muda quando uma fada madrinha a ajuda a ir a um baile, onde conhece o príncipe do reino, que logo se apaixona por sua beleza.
Ele a resgata da vida difícil e, como de praxe no gênero, os dois vivem felizes para sempre. "Os contos de fadas são, como nos ensina Italo Calvino, uma espécie de catálogo dos destinos humanos, das vidas cheias de dificuldades, mas em que têm lugar a superação e a felicidade. Por isso são tão importantes para as crianças e de feliz rememoração para os adultos", diz a autora da adaptação.