Para o público mais jovem, o Al Capone do cinema pode ser Robert De Niro no filme "Intocáveis" (1987), de Brian De Palma. Mas os cinéfilos maduros podem escolher Rod Steiger (1925-2002) como representante maior do gângster que mandou em Chicago na Depressão dos anos 1930.
"Al Capone", dirigido por Robert Wilson em 1959, é o volume número 23 da Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema. O livro-DVD vai às bancas no próximo domingo, dia 1º de janeiro.
É o melhor trabalho de Wilson, que fez carreira mediana como diretor de westerns. O ritmo do filme é bastante ágil para o cinema do fim dos anos 1950, mas "Al Capone" vale mesmo por Rod Steiger.
O ator optou por uma preparação não muito intensa para o papel. Pesquisou pouco, preferindo seguir sua intuição e construir o personagem a partir de alguns depoimentos de pessoas que o conheceram.
Steiger, mesmo sem ter planejado isso, tem seu trabalho ligado a biografias na tela. Só nesta Coleção Folha ele aparece em outras duas produções: foi Napoleão Bonaparte em "Waterloo" (volume 1) e Benito Mussolini em "Mussolini - Ascensão e Glória de um Ditador" (volume 20).