Folha de S. Paulo


No mórbido 'Jackie', Natalie Portman vive Jacqueline Kennedy em luto

Natalie Portman aparece descalçando as meias manchadas de sangue. Também há sangue espalhado no vestido rosa e nas costas, numa cena em que ela toma banho.

A atriz vencedora do Oscar por "Cisne Negro" (2010) larga como favorita a levar sua segunda estatueta pelo papel da primeira-dama Jacqueline Kennedy em "Jackie", que retrata seu luto após o assassinato do marido, em 1963.

Divulgação
Natalie Portman em cena de 'Jackie', de Pablo Larraín
Natalie Portman em cena de 'Jackie', de Pablo Larraín

"Ela foi a mais desconhecida das pessoas conhecidas", diz o diretor chileno Pablo Larraín. "Jackie talvez tenha sido a pessoa mais fotografada do século, uma referência de moda, uma espécie de mãe do país, mas pouco se sabe sobre o que passou na cabeça dela naqueles dias."

O ar misterioso foi o que o levou a Natalie Portman, atriz que ele descreve como insondável e que foi acionada via Darren Aronofsky, diretor de 'Cisne Negro" e produtor que convocou Larraín ao projeto.

O chileno tem em "Jackie" sua primeira produção rodada nos Estados Unidos, onde o filme estreou no último dia 2 após ter sido exibido no Festival de Veneza. O longa, que concorre ao Globo de Ouro de melhor atriz, não tem ainda data para estrear no Brasil.

Enquanto "Neruda" se sustenta no jogo entre o personagem-título e seu perseguidor, o filme americano é um psicodrama mórbido sobre os últimos dias da "era de Camelot" na Casa Branca.

Larraín intercala filmagens históricas com cenas interpretadas por Portman e atores como Peter Sarsgaard (Bobby Kennedy) e Caspar Phillipson (John Kennedy).

Ele recria, por exemplo, o juramento presidencial do sucessor Lyndon Johnson (John Carroll Lynch), que teve a seu lado uma abalada Jackie, a bordo do Air Force One, ainda trajando o famoso vestido rosa manchado do sangue do marido morto.


Endereço da página:

Links no texto: