Folha de S. Paulo


32ª Bienal de SP encerra com o maior público em mais de uma década

Sob o tema "Incerteza Viva", a 32ª Bienal de São Paulo encerrou neste domingo (11) com um público de aproximadamente 900 mil pessoas, configurando a maior visitação em mais de uma década.

O número só fica atrás do público da edição de 2004 –sob o tema "Território Livre"–, que pela primeira vez instituiu a entrada gratuita, atraindo 917 mil pessoas em 86 dias de exposição.

Outro recorde da 32ª edição do evento paulistano aponta para a presença feminina: mais da metade de seu elenco foi formado por mulheres, o maior número de todos os tempos.

Em exposição desde o dia 7 de setembro, a edição deste ano teve curadoria do alemão Jochen Voltz, ao lado dos cocuradores Gabi Ngcobo (África do Sul), Júlia Rebouças (Brasil), Lars Bang Larsen (Dinamarca) e Sofía Olascoaga (México), e mostrou produções de 81 artistas e coletivos de 33 países.

"Incerteza Viva" foi marcada por manifestações políticas e foi palco, inclusive, para um protesto contra o presidente Michel Temer. As obras abordaram questões como racismo, catástrofes ambientais e genocídio indígena.

Em novembro, mais de 100 mil estudantes já haviam passado pela mostra. Voltz atribuiu a popularidade do evento à "uma conjuntura". "A começar pelo título, que tem ressonância com algo que ocorre no país, a necessidade de se debater certas urgências", disse à Folha.


Endereço da página:

Links no texto: