Folha de S. Paulo


CRÍTICA

Grifes abordam o sexy e a praia de várias maneiras na SPFW

Há três temporadas a Iódice vem mudando seu estilo. Para esta estação, se inspira em uma mulher que viaja da Índia ao Oriente coletando referências para os looks.

São vestidos despontados, alfaiataria construída em veludo molhado e silhueta fluída, porém pontuada com ilhóses e espelhinhos indianos, que se misturam à estética punk de tachas e espinhos. A imagem final é bonita, ainda que as peças sejam desdobradas milhares de vezes para serem vendidas nas lojas.

A Água de Coco, por sua vez, explora um tropicalismo decorado com bordados e canutilhos em biquínis comportados e conjuntinhos.

Assim como a sensualidade dos biquínis cortininha da Água de Coco, Vitorino Campos também falou sobre sexo.

Ele subverteu as noções de roupas e colocou meninas de terno de lã e meninos com roupas transparentes. Vestidos camisola de luréx contrapostos a uma alfaiataria sisuda e quadrada também cruzaram a passarela do estilista.

Os anos 1980 e toda sua cafonice exagerada foram assunto na passarela de Amir Slama. Veterano da moda praia, o estilista aumentou cavas de maiôs e biquínis em uma coleção que tem códigos da lingerie transpostos para a praia.

Cintas-liga, meias ^ e amarrações nas costas e no colo marcaram os looks em tule preto transparente bordados com paetês. Estampas pop de onça rosa e roxa coloriram tomaras-que-caia e microssaias.

Sutileza é a palavra da Osklen. Calças, vestidos e tops largos ganham estampas de folhagens tropicais esmaecidas. Quimonos e pareôs foram remodelados para ir da praia à cidade e saídas de praia longas foram tingidas em tons do entardecer -amarelo, vermelho e verde queimado.


IÓDICE
ÁGUA DE COCO
V. CAMPOS
AMIR SLAMA
OSKLEN


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