Folha de S. Paulo


Thriller 'O Contador' tenta ser o 'Jason Bourne' de Ben Affleck

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Um sujeito, aparentemente normal e com uma vida supostamente tediosa, esconde segredos que envolvem outros países e pode matar uma tropa com as próprias mãos. Esse é o cenário de algum filme de Jason Bourne, mas troque Matt Damon pelo melhor amigo, Ben Affleck, e você terá "O Contador", longa de ação que pode começar a primeira franquia original do astro.

Há algumas diferenças, claro. Como o título entrega, o herói (ou anti-herói), na superfície, é um simples contador chamado Christian Wolff.

Por baixo de um cotidiano pouco charmoso, Wolff não apenas é especialista em esconder fortunas sujas em paraísos fiscais mas também um exímio lutador e atirador.

Chuck Zlotnick/Warner Bros. Pictures/ASSOCIATED PRESS
In this image released by Warner Bros. Pictures shows Anna Kendrick, left, and Ben Affleck in a scene from,
Anna Kendrick e Ben Affleck em cena do thriller "O Contador"

"Nunca vi ninguém assim", disse o diretor Gavin O'Connor ("Guerreiro"), na primeira exibição para convidados em Los Angeles. "Fui capturado por sua originalidade e o conceito é diferente de tudo que já vi."

O'Connor refere-se à outra condição do personagem de Affleck: ele é portador da Síndrome de Asperger, uma forma de autismo associada a habilidades especiais –no caso de Affleck, a matemática.

"O filho da melhor amiga da minha mulher é autista, então conheço com a situação, porém não no nível educacional. Eu e Ben vimos documentários, ouvimos podcasts e consultamos especialistas para celebrar essas pessoas especiais", contou o cineasta.

O'Connor vê essa mistura de ação e humor negro de US$ 44 milhões como uma franquia, mesmo antes de saber que renderia US$ 25 milhões no primeiro fim de semana nos cinemas americanos: "Se as pessoas forem ao cinema, adoraria voltar para o personagem. Amo Christian Wolff".


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