Folha de S. Paulo


'Cachorro Enterrado Vivo' explora os limites da crueldade humana

Antes de entrar em cartaz em Belo Horizonte, em abril, a peça "Cachorro Enterrado Vivo" quase foi impedida de estrear porque membros da sociedade protetora dos animais se assustaram com o título.

"Depois de assistirem, eles até acharam que estávamos lhes prestando um serviço", diz Marcelo do Vale, diretor da montagem, que chega neste sábado (6) a São Paulo.

Lia Soares e Suzana Latini/Divulgação
Ator Leonardo Fernandes no monólogo
Ator Leonardo Fernandes em cena da peça "Cachorro Enterrado Vivo", dirigida por Marcelo do Vale

A truculência que dá nome ao texto de Daniela Pereira de Carvalho, porém, é traduzida de forma poética. No enredo, cuja inspiração veio de notícias de jornais, um homem abandonado pela mulher pede a outro que enterre, vivo, o cachorro que pertenceu a eles.

Cada monólogo interpretado por Leonardo Fernandes –os dos dois homens e o do próprio cachorro– mostra um ponto de vista da história, esmiuçando os limites da crueldade humana, da dor, da solidão e do amor.

"A memória também é bem importante", diz Fernandes. "Discutimos que não é uma especificidade do homem. Até porque ele é mostrado de forma animalesca", afirma.

CACHORRO ENTERRADO VIVO
QUANDO sáb., dom. e seg., às 21h; até 26/9
ONDE SP Escola de Teatro, pça. Franklin Roosevelt, 210, tel. (11) 3775-8600
QUANTO R$ 30
CLASSIFICAÇÃO 12 anos


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